Relatório das linhas vermelhas aponta para transmissão comunitária de moderada intensidade e reduzida pressão nos serviços de saúde.
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O índice de transmissibilidade (Rt) da Covid-19 parece ter invertido a tendência de subida que se sentia há cerca de dois meses. O balanço é feito pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) no novo relatório de monitorização das linhas vermelhas da pandemia.
A última média calculada pelas autoridades de saúde para o Rt, referente ao período de 7 a 11 de abril, aponta para um valor, a nível nacional, de 1,05.
À excepção de Lisboa e Vale do Tejo (0,96), todas as regiões do país estão acima de 1 (o limite que define se a pandemia está a acelerar ou a desacelerar), com o valor mais elevado a verificar-se no Alentejo (1,13).
Apesar do aumento do Rt a nível nacional, de forma paulatina, há cerca de dois meses, nos últimos tempos a tendência parece ter-se invertido e entre os dias 8 e 11 de abril observou-se uma redução de 1,08 para 1,01.
Segundo o relatório, a tendência anterior "pode indiciar o desacelerar da tendência crescente da incidência de SARSCoV-2".
Transmissão moderada, a subir nos mais novos
Por outro lado, o documento revela que a transmissão teve um ligeiro aumento nos mais jovens - o grupo de menor risco -, mas em geral está moderada, indicando uma situação epidemiológica com transmissão comunitária de moderada intensidade e reduzida pressão nos serviços de saúde.
Com 109 doentes mais graves, nos cuidados Intensivos a situação também é estável e de ligeira descida, bem abaixo do valor crítico definido pelas autoridades de saúde de 245 camas ocupadas.
O documento divulgado pela DGS indica que "considerando o valor do Rt atual (média a 5 dias), atingir-se-á a linha [vermelha] dos 120 casos por 100 mil habitantes dentro de um a dois meses".
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