Rui Pereira, ex-ministro e antigo chefe do SIS afirma que os atentados de Bruxelas "provam que o terrorismo está vivo e que como seria de esperar não foi vencido depois da captura" de Salah Abdeslam.
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No dia em que um ataque terrorista matou pelo menos 31 pessoas em Bruxelas, o antigo ministro da Administração Interna diz que é a prova que "o terrorismo está vivo".
O antigo chefe do SIS (Serviço de Informações de Segurança) afirma que é sempre possível alterar normas de segurança mas lembra também que se "forem adotados procedimentos de segurança, por exemplo à entrada dos aeroportos, "nessa altura os terroristas procurarão escolher outro palco para os atentados". "Isto é um jogo de gato e rato em que os terroristas têm sempre a possibilidade de escolher novos palcos", sublinha.
Os ataques na capital belga devem levar as autoridades a fazerem "uma espécie de briefing", "rever todos os procedimentos" e fazerem "uma espécie de inventário dos meios operacionais, jurídicos e políticos". Rui Pereira entende que apesar das dificuldades, não se deve "esmorecer na luta contra o terrorismo" lembrando no entanto que se trata de uma luta "difícil", até porque os autores dos ataques "não respeitam regras juridico-morais".
Portugal está sujeito a um ataque terrorista "como qualquer outro país da União Europeia" mas Rui Pereira diz que tem motivos para confiar nas autoridades portuguesas que optaram por não elevar o nível de alerta.