O presidente da Câmara do Porto diz ter ficado intranquilo com as medidas do pacote de ajuda a Portugal. Rui Rio concorda com os princípios das medidas mas receia a modo como serão aplicadas.
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Rui Rio está «intranquilo e com muito medo» de que a aplicação das medidas seja feita «com os pés». O comentário foi feito durante a Conferência sobre Reorganização Administrativa do país, que decorre no Porto e que é organizada em conjunto pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, TSF e JN.
O autarca considera uma «imbecilidade técnica» a medida de redução de 15% no pessoal dirigente das autarquias e empresas municipais.
Adepto da regionalização, Rui Rio defende uma reorganização administrativa do país feita «de forma coerente» e entende que, ao nível dos concelhos e freguesias, deve ser equacionada a regionalização.
O presidente da Câmara do Porto disse ainda que «há condições para se fazer melhor e com menos despesa» e defendeu que os limites para o endividamento das autarquias «têm que ser muito apertados», considerando ainda que a lei das Finanças Locais deve ser ajustada «porque as receitas das autarquias não devem depender em larga escala de impostos sobre construção».
Já o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa defendeu a criação de um município metropolitano, com reforço de competências e de transferência de fundos.
Com uma reforma administrativa em curso em Lisboa, o autarca da capital defende ainda a existência de menos freguesias e uma mudança da organização interna dos municípios.
Notícia actualizada às 13h35