No fim da apresentação da moção subscrita por Rui Tavares, Joacine Katar Moreira foi falar com o fundador do partido.
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Rui Tavares subiu ao palco, no último dia do IX Congresso, para deixar a mensagem de que esta reunião de militantes e apoiantes permite "encontrar o Livre que é de sempre, o Livre no qual temos orgulho e que a sociedade respeita". "É esse Livre que estivemos a defender e que defendemos sempre", acrescentou o fundador do partido.
Após o discurso de Rui Tavares, aplaudido por Joacine Katar Moreira, e depois de o fundador do Livre se ter sentado, a deputada única do partido levantou-se e, pela primeira vez no Congresso, dirigiu-se a Rui Tavares. Sentou-se ao seu lado e falaram por alguns minutos. A deputada estava agitada e o fundador respondeu calmamente, mas sempre ao ouvido, sem que fosse possível perceber o que se passava.
Depois de um dia conturbado, e em que o Congresso se focou na questão da retirada política a Joacine Katar Moreira, Rui Tavares deixou um alerta: "Se cada minuto passado nas razões erradas significa dias, semanas, meses ou anos trabalho em que não se está a falar do que importa, também é verdade que em cada dia, semanas, meses que estamos a encarar as consequências das noticias erradas significa muito tempo de reconstrução."
O fundador acredita que existe uma "crise do conceito de humanidade" e que é preciso "um novo pacto, não apenas entre Estado, povo e nação, mas entre humanidade, natureza e tecnologia". Porém o problema é "abstrato", referindo que o que une o plano abstrato e a realidade é o novo pacto verde.
"A ideia entre humanidade, natureza e tecnologia e o plano de investimentos públicos, em renovação dos edifícios, em transição energética, em aposta nos empregos na economia verde que permitem dar o primeiro passo", justificou.
Assim, o fundador pretende que o partido dedique a este tema "os próximos anos de trabalho", ajudando "Portugal a antecipar o pacto ecológico europeu" e a perceber quais são os investimentos públicos necessários.
A moção do fundador do partido foi aplaudida, de pé por muitos dos presentes, e aprovada por unanimidade.