Ruptura com 'troika' defendida por Soares é um exagero e só serve para incendiar, diz PSD
O vice-presidente da bancada social-democrata considerou hoje que a proposta de ruptura do acordo com a 'troika' defendida pelo fundador do PS Mário Soares é «um exagero» e só serve para «incendiar a estabilidade» do país.
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«Os mercados precisam de calma, precisam de estabilidade, não precisam de quem agora apareça, por nenhuma razão justificável, a sustentar que se renuncie ao memorando com a 'troika'», disse à Lusa António Rodrigues.
Para o vice-presidente da bancada laranja, a posição apontada por Mário Soares é «imprudente» e «manifestamente um exagero» e só vai servir para «incendiar ao nível político aquilo que é a instabilidade que existe em termos económicos».
O antigo Presidente da República Mário Soares defendeu, em entrevista hoje publicada no jornal i, que o caminho certo para o PS e para o socialismo europeu é cortar com o programa da 'troika' constituída pelo Banco Central Europeu, o FMI e a Comissão Europeia.
«Acho que é esse o caminho. A austeridade, tal como a definem, não tem sentido», afirma Mário Soares, considerando que a obrigação já foi assumida há um ano, mas que «chegou ao fim».
A proposta do antigo Presidente não é, no entender de António Rodrigues, séria e constitui um excesso relativamente aquilo que se passa no país.
«Não há, em termos políticos, instabilidade que possa conduzir a uma afirmação dessas", concluiu o deputado social-democrata.
A Lusa pediu ao PS uma posição sobre a proposta avançada por Mário Soares, mas o partido remeteu uma reação para mais tarde.