A companhia aérea pode vir a retirar um dos dois aviões que operam na base do Funchal.
Corpo do artigo
É a resposta da companhia aérea irlandesa ao aumento das taxas aeroportuárias por parte da ANA - Aeroportos: em comunicado, a companhia aérea alega que na base desta decisão está a subida em 17% das taxas no aeroporto de Lisboa, de 12% em Faro, no Porto (11%) , nos Açores (9%) e na Madeira (6%).
"Esses aumentos excessivos pelo monopólio do aeroporto de propriedade francesa, ANA, irão prejudicar o turismo e os empregos em Portugal, especialmente nas economias insulares da Madeira e dos Açores", avança a Ryanair. "Este prejuízo já foi evidenciado pelo encerramento da base da Ryanair em Ponta Delgada para o Inverno de 2023/2024 e será ainda mais demonstrado pela perda de um (dos dois) aviões baseados na Madeira em Janeiro de 2024, além dos cortes no Verão de 2024 em Faro e no Porto", concretiza.
A Ryanair é a principal companhia aérea a operar no aeroporto de Faro, mas o presidente da Entidade Regional do Turismo do Algarve (ERTA) garante que foi apanhado de surpresa por esta notícia.
TSF\audio\2023\11\noticias\21\andre_varges_gomes_ryanair_som_1
André Varges Gomes espera que este anúncio não passe de uma forma de pressão. "Entendo que o mesmo [comunicado] pode ser uma reação/pressão perante aquilo que é a contratualização que o governo português faz com a ANA", adianta. O presidente do turismo algarvio afirma que "vai ter a expectativa" de que este seja um braço de ferro que não leve a nada.
O presidente do Turismo do Algarve sublinha que, se a Ryanair diminuir os voos para a região no próximo verão está em contraciclo e em contradição em relação ao que está a acontecer por parte de outras companhias aéreas, e mesmo por parte da Ryanair, que criou rotas e consolidou outras já existentes.
A Ryanair afirma que o monopólio da Vinci nos aeroportos não enfrenta concorrência em Portugal, o que lhe permite aumentar os preços sem consequências.
TSF\audio\2023\11\noticias\21\andre_varges_gomes_ryanair_som_2
"A Ryanair pede ao governo português que reabra a concessão para o novo Aeroporto do Montijo, para quebrar o monopólio do aeroporto da ANA, impedindo que o seu proprietário francês, a VINCI, extraia mais lucros monopolistas das companhias aéreas e dos seus passageiros às custas dos cidadãos, do turismo e dos empregos portugueses.", termina o comunicado.