Germânia, Portugália e a I Guerra Mundial. É nesta espécie de triângulo que assenta a explicação para um ato repetido inúmeras vezes por quem gosta de cerveja. Ou simplesmente tem sede.
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A resposta à pergunta que faz o título prende-se com o mesmo que nos leva a falar genericamente de uma gillete quando queremos referir-nos a uma lâmina de barbear. Ou uma chiclete quando queremos uma pastilha elástica. É uma questão de marca.
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Até 1916 existiu em Portugal uma fábrica de cerveja de nome Germânia. Ficava na Avenida Almirante Reis e tinha uma marca, a primeira marca de cerveja de pressão, chamada Imperial. Era cerveja vendida em barril de madeira e que era servida nas tabernas e tascas. Os principais símbolos da fábrica, a águia e a grafia, remetiam para a Alemanha da época.
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Em 1916, Afonso Costa, primeiro-ministro, decide que Portugal entra na I Guerra Mundial (1914-18). Ter uma fábrica com o nome Germânia quando o país entra numa guerra contra a Alemanha... Os acionistas da Germânia decidiu então mudar o nome da fábrica. Nascia assim a Portugália, que tem a cervejaria que ainda hoje funciona na mesma Avenida Almirante Reis da Germânia.