Salvini quer Chega em "grande família popular, conservadora e identitária" na Europa
Enquanto convidado internacional do congresso do Chega, o líder da extrema-direita de Itália revelou o sonho de competir, na Europa, com as famílias partidárias "socialistas e comunistas", que considera inimigas "do povo e da liberdade".
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O líder da extrema-direita italiana, Matteo Salvini, esteve, este domingo, em Coimbra, no III Congresso do Chega, onde declarou o seu apoio ao partido e a André Ventura.
Perante o auditório do congresso, o ex-vice-primeiro-ministro de Itália reafirmou os valores partilhados entre a sua Liga e o Chega, assentes nas raízes cristãs - e anunciou até que aproveitará a presença em Portugal para visitar o santuário de Fátima.
Matteo Salvini expressou o desejo de criar uma "grande família" de partidos populares, conservadores e identitários na Europa, que embarque o Chega, e que o ajude a cumprir o "sonho" de libertar a Europa dos "socialistas e comunistas".
"O meu sonho é juntar o melhor destas três famílias para contrastar com os socialistas e comunistas e contra os que são contra a Europa dos povos e da liberdade", disse.
Depois de felicitar André Ventura pelos resultados nas eleições presidenciais, Salvini manifestou ainda a esperança de ver o Chega enquanto primeira força portuguesa e de regressar a Portugal para festejar a chegada do partido ao governo. "Boa sorte, André! Boa sorte, amigos do Chega!", concluiu.
Além de Matteo Salvini, também Ľudovít Goga, do movimento da direita populista da Eslováquia Sme Rodina, esteve presente a discursar, enquanto convidado internacional no congresso do Chega, que termina este domingo.