Sampaio da Nóvoa apresentou a candidatura às presidenciais, prometendo que, se for eleito, não assistirá "impávido" à degradação da vida pública.
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"Os portugueses bem quem eu sou e de onde venho mas não me candidato para ser presidente de apenas alguns portugueses". Sampaio da Nóvoa falava na sessão de apresentação da sua candidatura a Presidente da República, em Lisboa, num discurso em que prometeu ser "totalmente independente" e combater que o interesse nacional seja capturado por "grupos de pressão".
O Teatro da Trindade encheu-se para ouvir o primeiro discurso de Sampaio da Nóvoa enquanto candidato presidencial. De fora da sala ficou muita gente. Tanta, que o ex-reitor da Universidade de Lisboa teve que ensaiar um novo discurso para aqueles que não conseguiram assistir ao primeiro.
"Não venho para deixar tudo na mesma. Venho para juntar os portugueses em torno de um projeto de mudança, para restaurar a confiança na nossa democracia e no nosso futuro, com esperança, com determinação, com a coragem que os portugueses sempre revelaram nos momentos mais difíceis da sua História", disse no discurso de candidatura.
Depois de assegurar sentido de responsabilidade e isenção se for eleito chefe de Estado, o ex-reitor da Universidade de Lisboa deixou um aviso muito concreto: "Não serei um espetador impávido da degradação da nossa vida pública".
"O Presidente da República tem de restaurar a confiança dos portugueses no Estado de Direito, nas instituições, na autoridade moral e na credibilidade de quem desempenha um cargo público. Tudo farei para reforçar a democracia, para estimular governos e oposições a cumprirem as suas funções com sentido reformista e de Estado, para consolidar a cooperação institucional, para promover uma maior participação dos cidadãos na vida pública", acrescentou.
Entre os presentes nesta apresentação de candidatura estiveram os antigos presidentes Mário Soares e Jorge Sampaio.