Na apresentação da carta de princípios da sua candidatura à Presidência da República, o candidato prometeu agir sempre que for necessário, seguindo o legado dos antigos chefes de Estado que o apoiam.
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O candidato presidencial Sampaio da Nóvoa garantiu hoje que, se for eleito não vai ser um Presidente da República passivo. "Serei prudente e rigoroso no uso dos poderes presidenciais, mas não farei da omissão um estilo, da ausência um método, do silêncio um resguardo", garantiu Sampaio da Nóvoa, no Porto, na apresentação da carta de princípios da candidatura a Presidente da República.
O candidato a Belém deixou a "garantia definitiva" de que agirá "com total independência face a forças políticas, económicas e sociais", comprometeu-se a dar continuidade ao legado de Ramalho Eanes - que esteve presente na cerimónia e lhe deu o apoio na candidatura -, Mário Soares e Jorge Sampaio, e considerou que o Presidente da República "não deve agir nem contra nem a favor dos governos ou das oposições".
Da carta de princípios do professor universitário faz ainda parte "o compromisso claro na luta contra a pobreza e contra o aumento das desigualdades" e prometeu uma "magistratura da ética e do cuidado" já que não vai permitir que "os portugueses fiquem desamparados, com um Estado tão zeloso com as suas obrigações externas e tão pouco atento às suas obrigações com os portugueses mais pobres".
Na carta de princípios da candidatura, o professor universitário promete defender a integração europeia, mas garante que não vai aceitar "novos acordos, que afetem significativamente a nossa soberania, sem a prévia realização de um referendo nacional".
"A construção da Europa não pode ser a diminuição de Portugal, não pode conduzir ao nosso empobrecimento, à fragilização da nossa capacidade produtiva, à nossa dependência. As tensões dos últimos anos colocam em causa a coesão política da União Europeia e exigem um debate urgente sobre a sua democratização", alertou.