No programa da TSF Não Alinhados, o antigo líder do PSD considera que o acordo foi "uma grande confusão" e tem dúvidas de que dure até ao final da legislatura madeirense.
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O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz e antigo líder do PSD, Pedro Santana Lopes, considera que o acordo entre o PAN e a coligação PSD/CDS-PP na Madeira "é uma grande confusão" e não acredita que dure toda a legislatura.
"Há uma certa sensação de que o susto ou desgosto, chame o que quiser, com os resultados e não haver maioria absoluta foi tão grande que, da parte de Luís Montenegro, houve logo aquela declaração sobre o Chega para clarificar para o futuro. E o presidente do governo regional da Madeira apressou-se a encontrar uma solução que garantisse a maioria absoluta, por causa, provavelmente, do que tinha dito antes. Mas eu acho que talvez tenha sido tudo precipitado", disse Pedro Santana Lopes no programa da TSF Não Alinhados.
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Para o presidente da Câmara da Figueira da Foz, os acordos com base parlamentar "duram metade da legislatura" e os acordos de governo "como, por exemplo, foi nos Açores tendem a durar a legislatura toda".
"Não é regra, não é dogma, mas a tendência é essa. E, com estas confusões todas, vamos ver quanto tempo dura. Eu não quero ser pessimista para com os objetivos de Miguel Albuquerque, mas se isto fosse pela maneira como sempre foi, o mundo está em profunda mudança. O que se conhece dessas posições da deputada do PAN, tornava impossível, não me surpreenderia uma demissão, uma rutura até do acordo", prevê.
Por tudo isso, Pedro Santana Lopes conclui: "Com toda a franqueza, acho que isto é uma grande confusão. Acho que foi tudo de facto algo precipitado e eu não juraria por um tempo assim razoável para tudo isto durar porque nasce torto e o que nasce torto tarde ou nunca se endireita."
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A coligação Somos Madeira, constituída por PSD e CDS-PP, venceu no domingo as eleições regionais, mas elegeu 23 deputados, ficando a apenas um de garantir a maioria absoluta. Na terça-feira, foi anunciado um acordo de incidência parlamentar com o PAN, que tinha elegido um deputado, o que garante essa maioria na Assembleia Regional da Madeira. O PS obteve 11 mandatos, o Juntos Pelo Povo conseguiu cinco e o Chega quatro. CDU, Iniciativa Liberal e Bloco de Esquerda também elegeram um deputado.
OUÇA AQUI O PROGRAMA DA TSF NÃO ALINHADOS, COM PEDRO SANTANA LOPES