Este ex-primeiro-ministro defende uma revisão constitucional para «acabar com uma figura política que não faz sentido nenhum nos tempos em que vivemos».
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Pedro Santana Lopes insistiu na ideia de que Pedro Passos Coelho não deve dar posse aos novos governadores civis e pediu ao futuro primeiro-ministro para avançar com uma revisão constitucional.
«A mim não me chocaria nada que houvesse uma primeira revisão constitucional já só porque era altamente simbólico. Demonstrava a mudança neste novo ciclo político», explicou.
Para este ex-primeiro-ministro, esta revisão constitucional permitiria «acabar com uma figura política que vem do regime anterior e que não faz sentido nenhum nos tempos em que vivemos».
«Acho que era quase degradante vermos o novo governo do séc. XXI, um primeiro-ministro da nova geração a nomear novos governadores civis que não têm praticamente nada para fazer», concluiu, numa declaração registada pela agência Lusa.
Santana Lopes, que recordou que há muitos anos defende a extinção deste cargo, lembrou que a questão «é hoje em dia mais consensual porque há pessoas de várias forças políticas nessa campanha e com essa posição».
«Se é assim, acho que é preciso ser cauteloso e agora não irmos substituir os que ainda estão em funções, que são todos do PS e que caem com a queda do Governo, por outros novos que são nomeados, o que leva a uma inércia que tem como consequência que nunca se extinga o cargo», concluiu.