
Santana Lopes durante o Congresso do PSD
Santana Lopes questionou a ética dos novos dirigentes do PSD e qual vai ser a atitude destes em relação aos que não concordam com o rumo da nova direcção do partido. No final do segundo dia do Congresso do PSD, Santana assinalou ainda que na nova direcção estão muitos dos que criticaram Luís Filipe Menezes.
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Pedro Santana Lopes questionou a ética dos novos dirigentes do PSD e perguntou que postura é que se pode esperar da nova direcção em relação aqueles que não concordam que o rumo que a nova direcção vai dar ao partido.
Santana perguntou se os que estão contra a nova direcção terão «idêntica legitimidade para dar as mesmas entrevistas e dar as mesmas considerações sobre alterações de regulamentos para contestar as opções políticas que vão tomar».
«Como é a ética na política?», perguntou, no encerramento do segundo dia do XXXI congresso do PSD, o candidato derrotado à liderança social-democrata, que quer ser visto como o rosto da diferença interna dentro do partido.
«Não me passa pela cabeça que a nova direcção do partido possa condescender com situações ou atitudes de pesca à linha ou tentativa de desvio de estruturas ou militantes que apoiaram outros candidatos para, chegados aqui ao Congresso, mudarem de opção ou de posição», acrescentou Santana Lopes.
O líder parlamentar demissionário do PSD adiantou ainda que «pelos nomes já anunciados, porque aqueles que se vão conhecendo, sabe-se como estão entre os seus membros vários daqueles que muitos contestaram a liderança de Luís Filipe Menezes».
Santana Lopes fez ainda notar que não inclui a nova líder do PSD na lista daqueles que criticaram a liderança de Menezes, uma situação que voltou a provocar palmas na sala de Guimarães em que se está realizar o congresso.
«Quero de modo inequívoco dizer que durante todo este tempo de liderança do dr. Luís Filipe Menezes e em tempo anterior nunca teve esse tipo de comportamento, de atitude e de declarações públicas», acrescentou.
No seu discurso, Santana pediu ainda resposta do partido para as questões sociais, para os encargos das parcerias publico-privadas e abuso da autoridade socialista.