Santos Silva defende em Kiev sanções contra Rússia e retirada do território ocupado
O presidente da Assembleia da República fez uma visita de dois dias a Kiev, a convite do Presidente do parlamento ucraniano, acompanhado por deputados do PS, PSD, IL e BE.
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A visita começou esta terça-feira com uma reunião com o presidente Zelensky. À meia-noite, o presidente do Parlamento português terá ouvido as sirenes com alerta de ataque que soaram na capital ucraniana.
Esta quarta-feira, Santos Silva interveio no início da sessão do parlamento (vários deputados ucranianos estavam com bandeiras portuguesas) e teve uma reunião de trabalho com o primeiro-ministro, Denys Shmygal. O objetivo português foi reforçar as relações bilaterais e discutir diversas questões como a candidatura da Ucrânia à União Europeia (UE).
Na sua intervenção perante a Verkhovna Rada da Ucrânia, e dirigindo-se ao homólogo Ruslan Stefanchuk, o presidente do parlamento português fez questão de reiterar "a profunda solidariedade do povo português com o povo ucraniano", reafirmando todo o "apoio de Portugal à Ucrânia, na sua luta pelo direito inalienável à sua independência e integridade territorial".
Não evocando a posição do PCP (ausente da comitiva de Santos Silva, tal como o Chega), o presidente da Assembleia da República afirmou que a posição portuguesa "ficou absolutamente clara na madrugada de 24 de fevereiro de 2022, quando o Presidente da República, o Parlamento e o Governo exprimiram a uma só voz a posição portuguesa: condenação da agressão da Federação Russa; reafirmação dos princípios da Carta das Nações Unidas; recusa firme de qualquer propósito de alterar pela força as fronteiras da Europa; apoio intransigente ao exercício do direito à legítima defesa da Ucrânia; abertura incondicional do nosso país ao acolhimento de refugiados ucranianos; defesa de sanções contra os responsáveis pela invasão e exigência do fim imediato das hostilidades, com retirada do território ocupado."
Recordou a sessão solene, no Parlamento nacional, realizada em abril de 2022, com o Presidente Zelensky e, a 24 de fevereiro, o debate em sessão plenária dedicado à guerra contra a Ucrânia, "renovando a solidariedade com o povo ucraniano e a condenação da agressão russa".