Santos Silva responde a Montenegro e rejeita responsabilidade por Chega ainda não ter vice na AR
Augusto Santos Silva lembra que sempre que Chega e Iniciativa Liberal apresentaram candidatos à vice-presidência da Mesa do Parlamento, marcou eleições de imediato.
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O presidente da Assembleia da República garantiu, esta terça-feira, que tem alertado sempre, nas conferências de líderes, para o facto de ainda existirem dois lugares por preencher na vice-presidência da Mesa do Parlamento. É a resposta de Augusto Santos Silva ao apelo feito pelo presidente do PSD, Luís Montenegro, que entende que Santos Silva deve usar "o seu magistério de influência parlamentar" para que a Assembleia da República volte a ter quatro vice-presidentes, elegendo os candidatos do Chega e da Iniciativa Liberal.
"Regularmente, na conferência de líderes, eu chamo a atenção para que há dois lugares de vice-presidentes por preencher na Mesa da Assembleia e solicito aos partidos que têm legitimidade regimental, os únicos que podem apresentar candidaturas, que o façam - e quando o fazem, marco imediatamente a eleição", explicou, em declarações aos jornalistas, esta tarde, à margem de um almoço na Associação 25 de Abril.
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O presidente da Assembleia da República rejeitou também ter contribuído, de alguma forma, para que o Chega ainda não tenha conseguido ter um candidato eleito.
"Manifestamente, isso não tem nenhuma espécie de aderência à realidade. O regimento dispõe como são eleitos os vice-presidentes, são apresentadas as candidaturas pelos quatro maiores grupos parlamentares e depois são livremente escolhidos pelos deputados em votações que são secretas e, portanto, é isso que se tem feito", declarou.
Santos Silva mostra-se a até convicto de que a Iniciativa Liberal elegerá um vice-presidente em breve. Já em relação ao Chega, nota, tem havido uma rejeição consecutiva por parte do Parlamento.
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"Numa das situações, manifestamente, há um partido político cujos candidatos não têm merecido o apoio da larga maioria dos deputados. E, no outro caso, há um partido político que apresentou uma candidatura, essa candidatura ficou a oito votos da eleição e estou certo de que, quando apresentar uma nova candidatura, certamente - é o que mostra a experiência - esses oito votos em falta aparecerão", concluiu Augusto Santos Silva, sublinhando que, enquanto Presidente da Assembleia da República, apoia o regimento que determina que o voto para a eleição dos vice-presidentes da Mesa é secreto.
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