O Hospital de São João garante que a instalação de um novo equipamento de radioterapia resolveu o problema.
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A administração do hospital de São João, no Porto, reconhece que vários doentes tiveram de ser transferidos para outros hospitais devido a uma avaria "durante meses" de um aparelho de radioterapia.
Fernando Araújo, presidente do conselho de administração do hospital diz, contudo, não ter "conhecimento direto de nenhum caso em concreto [de um doente] que tenha visto a sua vida afetada por este problema".
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A situação está resolvida, assegura ainda. Em fevereiro foi instalado um novo equipamento de radioterapia que "permite dar resposta a todos os doentes". Custou cerca de cinco milhões de euros e vai possibilitar "tratamento a cerca de 28 mil doentes por ano em tempo adequado".
"Os problemas que houve no passado estão completamente ultrapassados", garante Fernando Araújo.
O Centro Hospitalar e Universitário de São João notificou a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) para a avaria depois da queixa de um paciente. Em vez de 15 dias - o prazo previsto por lei como tempo máximo de resposta desde a indicação dos médicos para começar a radioterapia, o doente acabou por esperar cinco meses e meio.
Numa deliberação da ERS, o hospital detalha que "o serviço de radioterapia possui dois aparelhos de tratamento", um deles "com 20 anos, já descontinuado pela empresa mas ainda em funcionamento, tratando 60 doentes por dia e que será desativado com a entrada em funcionamento do novo aparelho".
Além do anterior aparelho, há um outro com 14 anos sendo este que tem dado "muitos problemas".
Numa resposta enviada à ERS em dezembro de 2018, o centro hospitalar diz que "apesar da grande intervenção realizada no início do ano as avarias mantinham-se quase diariamente levando ao adiamento de inícios de tratamentos, a interrupções longas de tratamento e consequente redução do controlo local e sobrevida, com claro prejuízo para os doentes".