"São milhares." Utentes e funcionários de lares ainda não foram vacinados contra a Covid-19
Os funcionários e utentes infetados ou recuperados da doença só podem ser vacinados seis meses depois da infeção, uma situação que está a causar preocupação.
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Há milhares de pessoas nos lares que ainda não foram vacinadas contra a Covid-19. São utentes e funcionários que estiveram infetados com o coronavírus e que, por isso, estão a ver adiada a toma da vacina.
A indicação é a de que só podem ser vacinados seis meses depois da infeção, mas ouvido pela TSF, Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social, não esconde a preocupação.
"Estamos a falar de milhares. Nós temos pessoas que estiveram infetadas, tanto doentes, como trabalhadores, e esses ficaram em stand-by. Por exemplo, em fevereiro foi o pico de surtos em lares, tínhamos cerca de nove mil utentes e cerca de quatro mil trabalhadores infetados. Ora esses e outros que entretanto já estavam, na altura, negativos, mas tinham estado positivos, ainda estão por vacinar, o que traz de facto problemas às instituições", explica.
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Serão cerca de 13 mil pessoas, no universo de todos os lares em Portugal, que estão por vacinar. Lino Maia deixa um apelo às autoridades de saúde.
"Temos pessoas que foram vacinadas porque nunca estiveram infetadas, trabalhadores que foram vacinados, e temos trabalhadores e utentes que ainda estão por vacinar. Isto traz problemas, até por causa da questão das saídas", diz.
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O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social apela, por isso, a um "agendamento da vacinação destas pessoas". "Aquilo que tem sido dito é que são seis meses, mas seis meses parece-me exagerado, porque não há garantias que as pessoas estejam de facto imunes. Aquilo em que estamos a insistir é para que sejam três meses e isso já nos ajudaria a resolver o geral das situações", admite.
A task-force da vacinação garante ao Jornal de Notícias que a vacinação nos lares está completa, com exceção de funcionários e utentes infetados ou recuperados da Covid. No caso destas pessoas, acrescenta a task-force, já está a ser feito o agendamento e a vacinação.
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