São "necessários" mais medicamentos comparticipados, "nem que seja apenas a 50%"
No Fórum TSF, as presidentes da APRe e da MURPI consideraram que os reformados têm de ter mais ajuda na compra de medicação
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A presidente da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe) felicitou a decisão anunciada esta quinta-feira pelo Governo sobre o aumento do valor de referência do Complemento Solidário para Idosos (CSI) em 50 euros, mas considerou, no Fórum TSF, que é preciso ir mais longe. Maria do Rosário Gama defendeu, por outro lado, que é "necessário" alargar a comparticipação total a mais medicamentos para as pessoas mais velhas.
"A vitamina B12 é essencial. A vitamina D também é fundamental. Portanto, é necessário que haja uma comparticipação para estes suplementos, porque, de facto, são muito utilizados pela população mais velha. Nós temos conhecimento disso porque frequentamos e temos contacto com instituições de solidariedade social, onde as pessoas estão internadas", exemplificou.
Também Maria Isabel Gomes, presidente da Confederação Nacional de Reformados e Pensionistas (MURPI), quer mais medicamentos comparticipados: "Há produtos que, efetivamente, não têm qualquer tipo de comparticipação pela Segurança Social, nem que seja apenas a 50%."
Por outro lado, a presidente da MURPI alertou para o facto de haver reformados sem médico de família: "Isto significa que aquilo que estão a tomar é aquilo que já tomam há uma série de tempo, sem ter o complemento de que o médico possa alterar a medicação porque, por exemplo, o idoso fez análises."
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou esta quinta-feira que o Governo vai aumentar, a partir de junho, o valor de referência do CSI em 50 euros e eliminar os rendimentos dos filhos como critério de fator de exclusão.
Ou seja, a partir de junho, o valor de referência dessa prestação passará de 550 para 600 euros e apenas serão contabilizados os rendimentos dos pensionistas e reformados que se candidatem à sua atribuição.
