O presidente da Associação de Sargentos estranha o desconhecimento que o ministro da Defesa demonstrou quanto à necessidade de fardas nas Forças Armadas e diz não estar mais descansado com as promessas de Gomes Cravinho.
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O presidente da Associação de Sargentos, António Lima Coelho, receia que a promessa do ministro da Defesa de novas fardas para o exército demore a ser cumprida. "Vamos ter eleições daqui a três semanas. Os anos já nos mostraram que, em véspera de eleições, tudo se promete, e, passadas as eleições, os problemas permanecem sem resolução", denuncia o representante desta associação de militares.
Em entrevista à TSF, João Gomes Cravinho anunciou que, nos próximos meses, os militares do exército devem começar a receber os novos fardamentos, até porque já há verbas destinadas ao efeito. João Gomes Cravinho admitiu também também desconhecer as dificuldades dos militares em encontrar fardas e que estes acabam por recorrer a lojas civis.
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Esta declaração surpreendeu Lima Coelho: "Estranho o desconhecimento. Admito que o senhor ministro não conheça ou não estude todos os dossiers que há anos seguramente deverão estar arquivados no Ministério da Defesa."
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António Lima Coelho não fica mais descansado com as garantias de Gomes Cravinho.
Ouvido pela TSF, o ministro da Defesa afirma que, ao fim de um ano, tem sido um privilégio trabalhar com as Forças Armadas portuguesas, e mostra-se ainda disponível para voltar a assumir a pasta.
João Gomes Cravinho também adianta que faltam perto de quatro mil militares nesta força de segurança, e que o Governo está a estudar a possibilidade de criar um quadro permanente de efetivos no exército e na Força Aérea, tal como existe na Marinha.