Satisfação dos utentes pode vir a pesar na avaliação dos funcionários públicos
Alexandra Leitão indica que o Governo quer incluir um novo critério na avaliação dos funcionários baseado na satisfação dos utentes. Quer ainda agilizar processos de marcação e partilha de dados entre diferentes serviços públicos.
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A ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública considera que a opinião e o grau de satisfação dos utentes com o serviços prestados pelos funcionários públicos devem tornar-se um critério de avaliação. Em entrevista ao podcast do Partido Socialista, Alexandra Leitão considera que o setor público tem de atender à avaliação da qualidade dos serviços públicos por parte de quem os procura.
"A ideia é ter inquéritos, ou melhor, soluções que permitam testar o grau de satisfação [do utente] (...). Não vai ser o fator que vai contar tudo, mas acho que é importante também ser avaliado pelo grau de satisfação", explica Alexandra Leitão, a propósito dos objetivos da tutela nesta área.
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Para além deste novo fator na avaliação dos funcionários públicos, Alexandra Leitão aponta ainda a uniformização dos serviços públicos como objetivo político.
"Gostaria de atingir neste mandato - e acho difícil - aquela ideia de que eu dou uma vez os meus dados a uma entidade da administração e eles lá se entendem entre eles, e não me pedem nada que outros já têm. Mais do que isso: que as várias entidades do Estado funcionem a uma voz e se entendem entre si", considera.
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"Centralizar os atendimentos" é um dos objetivos para facilitar o acesso aos serviços, por exemplo, através das marcações dos utentes, seja para os serviços da Segurança Social seja da Autoridade Tributária. Há entropias, mas há também vontade política", diz a ministra.
Ministra garante que não haverá nova austeridade
A discussão do próximo orçamento de Estado deve medir até que ponto será possível atualizar os salários dos funcionários públicos, segundo a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública. "Vamos tentar que a progressividade do aumento do salário mínimo continue. As atualizações/aumentos vão ter de ser debatidas na discussão do próximo orçamento."
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"Neste momento, o que posso garantir é que não haverá congelamento. Não existirão perdas de rendimento, e, por isso, não haverá nova austeridade neste sentido", reitera Alexandra Leitão.