A ministra da saúde reuniu durante 5 horas com várias entidades ligadas à saúde na região
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Depois de cinco horas com a administração do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA), com a Administração Regional de Saúde (ARS) e com o INEM, a ministra da Saúde saiu da reunião com uma certeza.
"Saímos daqui com a convicção absoluta de que há um plano (...) Tudo aquilo que depende de nós e levamos como trabalho de casa, também será feito", garantiu.
Nesse "trabalho de casa" o Governo compromete-se a disponibilizar meios se a região o necessitar. "Estamos a falar da possibilidade de mobilizar equipas: médicos, enfermeiros, eventualmente com um pagamento diferenciado", adianta Ana Paula Martins. A ministra quer ter em breve uma reunião com os autarcas do Algarve para perceber a eventual disponibilidade de habitações para os profissionais de saúde nesta época de verão.
No entanto, mais pormenores sobre esse plano para o verão, numa das regiões que mais preocupa o Ministério da Saúde, a par de Lisboa, Ana Paula Martins não quis adiantar, apesar da insistência dos jornalistas: "Não vale a pena continuarem a insistir para eu continuar a fazer uma listagem dos meios que vão estar à disposição."
A certeza é que o plano de verão para o Algarve será feito com os profissionais que já estão na região a trabalhar. "As pessoas do Algarve e os dirigentes da saúde estão habituadas a responder com quem está no Algarve", admitiu.
Certo também é que, como em anos anteriores, continuará a rotatividade no encerramento das urgências pediátricas e obstétricas entre os hospitais de Faro e Portimão. "Isso está no Plano", garantiu.
A região de Lisboa está também nas preocupações da ministra da Saúde, que visitará esta quarta-feira os hospitais Garcia de Orta e Amadora-Sintra e o Centro de Saúde de Algueirão-Mem-Martins.
Questionada sobre a extinção das Administrações Regionais de Saúde (ARS), a ministra adiantou que ela será feita brevemente, mas "com muita serenidade". Ana Paula Martins quer garantir que "não há competências que ficam no vazio ou são duplicadas" e assegura que, para o Governo, "o importante são as pessoas".
"Ainda há cerca de mil pessoas nos quadros de todas as ARS do país (...) e nós precisamos muito de garantir que essas pessoas tenham um projeto de vida no Serviços Nacional de Saúde", afirmou
A TSF sabe também que o Plano de Emergência para a Saúde, anunciado durante a campanha da Aliança Democrática, deverá ser anunciado durante a próxima semana, pelo próprio primeiro-ministro, Luis Montenegro.