A partir de julho, a Segurança Social vai ter de encontrar uma solução para os restantes 15 concelhos do distrito de Lisboa.
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O jornal Público conta que, atualmente, das 400 crianças acolhidas em casas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), uma centena são de fora do concelho.
Uma situação que vai deixar de acontecer. A instituição vai deixar de acolher crianças e jovens em risco de fora da cidade. Ao mesmo tempo, a SCML vai passar a receber casos de todas as idades - desde recém-nascidos até aos 18 anos.
A alteração faz parte do CARE - Capacitar, Autonomizar, Reconfigurar e Especializar, um programa que vai ser aplicado em quatro anos, que quer melhorar as condições de acolhimento. A ideia é adaptar as casas à realidade das crianças retiradas às famílias e apostar na formação das equipas.
O programa passa por fazer obras nas instalações, contratar mais técnicos especializados, garantir formação obrigatória para os colaboradores e humanizar as casas. Deixam de estar identificadas como residências, passam a ter cozinhas próprias (em vez de serviços de catering) e os técnicos deixam de usar batas.
O objetivo do programa CARE é encontrar respostas mais terapêuticas, que garantam a reabilitação e a dignidade das crianças, que passa ainda por uma aposta nas famílias de acolhimento. A Santa Casa de Lisboa quer reduzir o número de institucionalizados, aumentando o apoio às famílias que recebem crianças e jovens em risco.