Scorpions, um show de rock e um apelo à paz no concerto em Lisboa
No regresso da banda a Lisboa, que marcou o fim da digressão europeia, os Scorpions trouxeram o rock em peso.
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A capital portuguesa foi o destino escolhido para o final da digressão europeia dos Scorpions. Falaram português, deram lembranças a fãs, pediram desculpa pelo concerto adiado e ainda fizeram um apelo à paz.
"Boa noite, Lisboa! Como estão?". Foi assim, em português, que o vocalista da banda cumprimentou o público. Perante uma Altice Arena cheia e vibrante, os Scorpions deram um espetáculo de rock, sem deixar de fora temas como a guerra. Depois de anunciarem a mudança da letra da música "Wind of Change" por não quererem "romantizar a Rússia", os Scorpions apelaram à paz e dedicaram o tema à Ucrânia na noite desta segunda-feira.
Enquanto cantavam o tema atualizado acompanhados por milhares de pessoas, nos ecrãs gigantes viam-se imagens do símbolo da paz pintado com as cores da bandeira ucraniana. Com este gesto, a música lançada em 1991 foi das mais aplaudidas.
No regresso da banda a Lisboa, que marcou o fim da digressão europeia, os Scorpions trouxeram o rock em peso. Com vários momentos em que os elementos da banda brilharam individualmente em palco, o momento mais frenético do concerto foi quando o baterista, Mikkey Dee fez um solo de tirar a respiração. Um chamado "solo de jackpot".
Jovens, adultos e até idosos. Todos fizeram questão de estar presentes em mais um concerto dos tão adorados Scorpions. Com músicas de todos os gostos, a banda agradou a 'gregos e a troianos'.
Para quem adorou o novo álbum lançado em fevereiro, a banda fez questão de cantar várias músicas "rock believer". Mas a banda não ficou indiferente a todos os que são da velha guarda e ansiavam por poder cantar os temas clássicos.
"Wind of Change", "Still Loving You", "Send Me an Angel", "Big City Nights"e "Rock You Like a Hurricane", fizeram parte do alinhamento. Das músicas mais famosas, só faltou mesmo a "Always Somewhere".
O vocalista, Klaus Meine aproveitou o compasso de espera entre duas músicas para pedir desculpa ao público: "Peço desculpa por não termos vindo em maio, era impossível. Duas pessoas [da banda] estavam doentes", explicou. O concerto ficou marcado pela interação da banda com o público, principalmente do músico alemão que atirou dezenas do que pareciam ser baquetas aos fãs que competiam para as apanhar.
Na despedida, a banda recebeu uma ovação do público que não se cansa de ver ao vivo a primeira banda de 'hard rock' da Alemanha.
