A seca que afeta o Alentejo está a impedir os pescadores de Alqueva de irem à faina. Queixam-se que o peixe não fica rijo sem a chuva necessária para renovar as águas do maior lago artificial europeu.
Corpo do artigo
Há mais de um mês que Inácio Perquilha deveria andar em grande atividade piscatória nas águas de Alqueva, mas este ano a seca não recomenda que as redes sejam lançadas ao rio, porque, segundo diz, "o peixe precisa de águas novas para ser limpo".
TSF\audio\2017\11\noticias\24\roberto_dores_alqueva
O enchimento da albufeira de Alqueva permitiu o regresso da pesca no Alandroal há cerca de dez anos, quando em pleno rio Guadiana passaram a abundar várias espécies de peixe. Inácio Perquilha e outros colegas encontraram aqui uma nova saída profissional.
Mas sem chuva, os pescadores estão dedicados a outras atividades sazonais, como a apanha da azeitona, por exemplo, enquanto os restaurantes são os primeiros a sentir as consequências da falta de peixe.
A restauração do concelho voltou a tornar-se célebre pelos pratos à base de carpas, barbos, lúcios ou achigãs, havendo quem viagem centenas de quilómetros para ir comer a escalda de peixe à aldeia ribeirinha de Juromenha.
Porém, para que este prato, a fazer lembrar a textura das sopas de cação, fique no ponto, Janete Pepe, a gerente do Pata Larga, precisa de ter à mão barbos com aquele sabor e cheiro que oferecem garantias. E diz que não é caso neste momento.