O secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social avisa que o Estado não vai ter capacidade para auxiliar financeiramente o alargamento da rede de equipamentos sociais.
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Citado pela agência Lusa, Marco António Costa disse que o Estado não vai ser capaz de co-financiar as instituições sociais na dimensão em que as obras em curso no país vão precisar.
«Estamos a procurar encontrar com a União das Misericórdias e com a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) soluções relativamente aos custos de funcionamento, exigências e regra que o estado impõe hoje que são exageradas e que podem ser de alguma forma diminuídas no sentido de baixar os custos de funcionamento destas instituições», disse.
O governante, que esteve este sábado na inauguração de um lar em Santa Maria da Feira, alertou que «se não houver um ponto de equilíbrio e não houver uma preocupação de análise de risco de alguns destes investimentos e dos custos que estes investimentos significarão no futuro em termos de funcionamento, mas também em termos de amortização dos investimentos em infra-estruturas físicas em instituições, poderemos ter a ingrata surpresa de nos confrontarmos com realidades muito difíceis no futuro».
O Secretário de Estado avisou ainda que o plano de emergência social que o Governo quer concretizar não é um envelope financeiro.
O plano em causa será apresentado na próxima semana, com algum atraso devido a conversas que o Executivo considera fundamentais com as autarquias. O governante disse que o objectivo é tornar a resposta social mais sustentável.