Denúncia da Associação de Produtores Florestais do Barlavento Algarvio acusava o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas de atrasar a aprovação num "processo burocrático estúpido e sem fim".
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Miguel Freitas, o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, desmente de forma categórica a denúncia da Associação de Produtores Florestais e rejeita que tenha ficado pendente no ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) alguma candidatura de prevenção e combate a incêndios no Barlavento Algarvio para ser levada a cabo ainda este ano.
Ouvido esta tarde pela TSF, o governante garante que o projeto apresentado pela associação continha irregularidades.
"Eu desminto categoricamente as declarações do presidente da Aspaflobal, não há nenhum plano de gestão ou intervenção de Monchique para aprovar no ICNF. Todos os planos de gestão e intervenção estão aprovados", assegura.
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Miguel Freitas salienta que a própria associação indica o próximo ano como data de execução do projeto e esclarece que os documentos apresentados não continham todos os elementos pedidos.
"Há dois elementos que deviam ter sido apresentados à partida por esta associação e que a 28 de maio é solicitado à associação que o apresente. A associação perante isso o que faz é solicitar no dia 2 de junho aquilo que é o parecer do ICNF. Pedido em junho, respondido em julho. Nenhuma candidatura com pedido de parecer em junho tem condições de ser executada este ano", explica Miguel Freitas.
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Assim, o governante realça que a "própria associação sabe que esta candidatura não tem condições de ser executada este ano e, lamentavelmente, não podia ter contribuído para evitar ou minorar aquilo que está a acontecer em Monchique".
Miguel Freitas admite também que ainda é cedo para perceber o que falhou ou está a falhar em Monchique, sublinhando que foi feito um enorme esforço de prevenção em todo país.