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O PSD vai manter o nome de Paulo Óscar Pinto de Sousa para o Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações apesar das «dúvidas» expressas esta quinta-feira pelo PS.
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Tudo indica que será um processo semelhante ao que acontece com Fernando Nobre.
O nome de Paulo Óscar Pinto de Sousa vai mesmo a votação para o lugar deixado vago no Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP).
O PSD insiste, mesmo depois da audição desta quinta-feira de manhã ter causado desconforto até entre os próprios deputados sociais-democratas.
Teresa Leal Coelho, vice-presidente da bancada social-democrata, entende que Pinto de Sousa dá «garantias de rigor e independência» e de «audácia» para o exercício daquelas funções. Contudo, se o nome não for aprovado, o PSD não ficará incomodado, garantiu.
O chumbo é o cenário mais provável, já que é preciso dois terços de votos favoráveis. Apesar da votação ser secreta, Ricardo Rodrigues já deu a entender que os socialistas não devem pôr a cruz no "sim".
«Os meus colegas ficaram com dúvidas sobre alguma confusão de conceitos existente e ficou-nos a convicção de que se calhar (...) era bom que pudéssemos avaliar melhor a situação concreta do candidato», disse.
O candidato opôs-se à existência de um "período de nojo" na passagem de dirigentes dos serviços secretos para o meio empresarial, algo que vai exactamente contra aquilo que o Conselho de Fiscalização, presidido por Marques Júnior, tem defendido e que tem sido acolhido de forma consensual.
A ideia de haver um "período de nojo" surgiu na sequência da polémica em torno do caso Silva Carvalho e da sua saída das secretas para a Ongoing.
Para além disso, confessou ainda nunca ter pensado no relacionamento entre as secretas e as empresas ditas estratégicas para o país.