
António José Seguro
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Durante o debate quinzenal no parlamento, o líder do PS recordou que a lei «exige que este Parlamento receba com dez dias de antecedência esse documento para debate».
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O secretário-geral do PS acusou o primeiro-ministro de preparar a aprovação do Programa de Estabilidade e Crescimento nas costas do Parlamento e garantiu que os socialistas não assinarão de cruz este documento.
Durante o debate quinzenal desta sexta-feira no Parlamento, António José Seguro indicou que é «muito grave» que o «Governo vá reunir no último dia e à última hora para aprovar o PEC e enviá-lo para Bruxelas».
«A lei exige que este Parlamento receba com dez dias de antecedência esse documento para debate, mas o primeiro-ministro desrespeita este parlamento», afirmou o líder socialista.
Seguro recordou ainda a «crise política» criada por Passos Coelho à volta da entrega do PEC IV em Bruxelas sem que este tenha sido discutido em Portugal e perguntou se «esta é maneira de tratar o Parlamento sem consultar o PS e sem consultar a Assembleia da República»
«O senhor escolheu um caminho. Pois bem, desejo-lhe boa viagem nesse caminho, mas vai sozinho porque o PS não assina de cruz nenhum documento que o senhor entregue em Bruxelas sem ser discutido com o PS», concluiu.
Na resposta, o líder parlamentar do PSD disse que António José Seguro «prefere uma boleia francesa, uma adesão à demagogia e uma aproximação à esquerda mais radical».