António José Seguro acredita que pode alcançar a maioria absoluta nas próximas legislativas. Caso contrário, garante que fará um referendo aos militantes do PS.
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«Os tempos não estão para soluções frágeis ou precárias. Quero deixar claro que na hipótese, que não desejo, de o PS vencer eleições sem maioria absoluta, não liderarei um governo minoritário», afirmou na apresentação da moção política sobre as "Grandes Opções de Governo".
O secretário-geral do PS comprometeu-se hoje a realizar um referendo aos militantes do PS para que sejam eles a decidir sobre uma eventual coligação de Governo caso não seja alcançada a maioria absoluta que António José Seguro acredita que está ao seu alcance.
Seguro, que concorre com António Costa nas diretas de 28 de setembro que vão decidir quem será o candidato do PS a primeiro-ministro, explicou que sem excluir partidos para um eventual acordo de Governo há também «linhas vermelhas essenciais» que não podem ser ultrapassadas.
Seguro explicou que não poderá fazer acordos de incidência parlamentar com partidos que defendem a destruição do Estado Social, a saída da União Europeia e do Euro e que advoguem uma política de privatizações de empresas públicas em setores-chave para o país, como as águas, a Caixa Geral de Depósitos ou a RTP.
O líder do PS reafirmou ainda a intenção de revogar a contribuição de sustentabilidade, mesmo que o Tribunal Constitucional dê hoje o seu "aval" à medida do Governo.