Em Torres Vedras, o líder socialista citou contas feitas pela CIP e lembrou que os três mil milhões de euros que o Estado deve às empresas é dinheiro que faz falta à economia.
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O secretário-geral do PS defendeu que o Estado deve pagar cerca de três mil milhões de euros em dívidas às empresas, número que foi avançado pelo CIP.
Segundo as contas feitas pela CIP e citadas por António José Seguro, nesta verba estão incluídos pagamentos vencidos para lá dos 90 dias e bens e serviços contratados, mas ainda não pagos.
«Imaginem o que eram esses três mil milhões de euros na economia. Esses três mil milhões fazem falta às empresas. Não é dinheiro do Estado nem do Governo, é dinheiro das empresas, trabalhadores e dos empresários», frisou.
Em Torres Vedras, Seguro recordou ainda que o «Governo e o Estado tem de ser pessoa de bem e deve ser o primeiro a dar o exemplo, o primeiro a colocar o dinheiro onde ele deve estar: na economia».
«Defendemos que o Estado português tem de honrar os seus compromissos com o exterior e a pagar a nossa dívida, mas também deve honrar os compromissos com as empresas portuguesas e as dívidas com essas empresas», explicou.
O líder socialista enfatizou ainda que esse compromisso de ser sobretudo em relação às PME, o que garantiria que estas continuem a produzir, criar riqueza e a criar postos de trabalho através do seu dinheiro.
Questionado após o seu discurso sob a forma como o Estado pode ir buscar estes três mil milhões de euros, Seguro explicou que, no limite, pode ir buscar esta verba á caixa Geral de Depósitos.