Seguro diz que há «perceção» de que partes do Estado «estão capturadas» por interesses
O secretário-geral do PS disse hoje não estar seguro de que o Estado não esteja imune a «interesses ilegítimos» e «particulares», referindo uma «perceção» de que «há partes do Estado que estão capturadas ou em vias de o ser».
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«O Estado forte é o Estado que não se deixa capturar, é o Estado que resiste e é imune aos interesses ilegítimos e aos interesses particulares. Eu hoje não estou seguro que o Estado português esteja totalmente imune a esses interesses, bem pelo contrário, temos muitas vezes a perceção de que há partes do Estado que estão capturadas ou em vias de o ser», afirmou António José Seguro.
O líder socialista falava em Lisboa no encerramento de uma iniciativa no âmbito da convenção "Novo Rumo", que se realizará em maio, um painel que hoje foi dedicado ao tema "uma administração pública eficiente e com qualidade".
Na sua intervenção, Seguro defendeu a necessidade de retomar o programa de simplificação administrativa Simplex, iniciado no governo de José Sócrates, assim como da introdução do princípio da publicitação pública dos contratos de 'outsourcing' e das concessões.