
O secretário-geral do PS afirmou hoje ficar «muito triste» com o nível elevado dos juros da dívida portuguesa e frisou que quem tem colocado o cenário de um «indesejável» segundo resgate financeiro é o primeiro-ministro.
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António José Seguro falava aos jornalistas após uma visita à fábrica ZêzerOvo, no concelho de Ferreira do Zêzere, em que defendeu novamente a proposta do PS no sentido de empresas com créditos junto do Estado poderem receber esses créditos na banca pública, concretamente na Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Interrogado pelos jornalistas sobre a possibilidade de Portugal ser alvo de um segundo resgate financeiro, o líder socialista advertiu que «quem tem falado» desse cenário «é o primeiro-ministro», Pedro Passos Coelho.
«Eu apenas falo de um segundo resgate reagindo àquilo que o primeiro-ministro diz, designadamente na sequência de perguntas feitas pelos jornalistas. Desejo que não haja um segundo resgate e contribuo pela minha parte para que o país possa equilibrar as contas públicas, aliando rigor e apoio à economia», sustentou.
Depois, Seguro salientou «ficar muito triste e preocupado quando os juros da dívida aumentam» nos mercados internacionais.
«Não compreendo o primeiro-ministro quando diz que os mercados não o compreendem. Ele é que não compreende que a sua política de empobrecimento não resulta, só junta crise à crise que já existe», acusou.
Como alternativa à atual situação económica e financeira, o secretário-geral do PS referiu que "a primeira condição é parar com a política de cortes na saúde, na educação e na proteção social" e, por outro lado, defender um papel mais ativo ao nível das instituições da União Europeia em termos de cooperação entre Estados-membros.