
Reunião entre António José Seguro e Paulo Portas
Global Imagens/Vítor Rios
O líder socialista recordou que os governos «saem de eleições» e que no seu encontro com Paulo Portas procurou «pontos de convergência» para uma estratégia de combate ao desemprego.
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O secretário-geral do PS assegurou que não procurou qualquer coligação com o CDS no encontro que teve esta terça-feira com o líder dos democratas-cristãos.
Após um encontro com Paulo Portas de cerca de hora e meia na sede do CDS, António José Seguro lembrou que os «governos não saem de gabinetes, mas de eleições».
«Vim cumprir um dever: considero que é necessário neste país que se procurem pontos de convergência com todos os partidos de modo a termos uma estratégia no país que envolva também os parceiros sociais para combater o desemprego», explicou.
Seguro assegurou ainda que as eleições não estão no seu pensamento e que apenas pensa «num problema gravíssimo dos portugueses: o elevado número de desempregados».
Por seu lado, o porta-voz do CDS lembrou que o «PS, dada a responsabilidade que tem no momento em que o país vive, não pode ter uma postura exclusivamente negativa e não estar disponível para construir soluções para o país».
«O CDS e o PS que estiveram nesta reunião não são diferentes do CDS e PS que os portugueses conhecem. Os portugueses sabem também que entre estes dois partidos há uma enorme divergência, porque um está no Governo e outro está na oposição», explicou João Almeida.
Apesar disto, este dirigente democrata-cristão entende que «há muitos pontos em que os partidos dialogar» isto depois de Seguro ter assegurado que o PS nunca entrará em governos «que não esteja de acordo com os nossos valores e declaração de princípios».