
António José Seguro
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António José Seguro sublinhou esta noite, na Comissão Política Nacional do PS, o caráter «histórico» da vitória nas autárquicas, mas apelou para a recusa de uma atitude de euforia.
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O PS considera histórica a vitória nas eleições autárquicas de 29 de setembro, mas a conquista não deslumbra os socialistas. Foi a garantia dada por António José Seguro na sua primeira intervenção perante a Comissão Política Nacional do PS.
À saída da reunião, Miguel Laranjeiro, o secretário nacional para a organização e porta-voz da reunião, deu voz às palavras de Seguro.
«Uma avaliação serena de uma vitória expressiva e histórica, mas uma avaliação sem deslumbramento. A vitória não nos deslumbra e reconhecemos o desencanto e a desilusão que muitos portugueses sentem face à política, os que ficaram em casa e os que foram votar em branco», afirmou.
O secretário-geral do PS voltou a defender que a campanha fez crescer a relação de confiança entre o partido e o eleitorado, mas referiu que os números da abstenção são claros e mostram o descontentamento dos portugueses face aos políticos.
O secretário-geral do PS também defendeu a estratégia assumida pela sua direção de não recandidatar presidentes de câmaras com mais de três mandatos consecutivos a concelhos vizinhos e em não candidatar «pessoas com processos judiciais».
«Não trocamos princípios por votos. Mas temos que fazer mais para aproximar as pessoas da política», insistiu o líder socialista na sua intervenção.
No seu discurso, o líder socialista referiu que a Convenção Novo Rumo, que se inicia em outubro, será o «espaço de preparação para o programa do futuro Governo».
«A Convenção não será um momento, mas um processo que começa em outubro, com um texto aberto à subscrição e participação de todos os cidadãos portugueses que se identifiquem com o nosso projeto», acrescentou.