O secretário-geral do PS, António José Seguro, recordou hoje Marques Júnior como um «patriota inconformado» de «entrega cívica total», que «ajudou a fazer» o 25 de Abril e «nunca deixou de dizer o que pensava».
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«Desapareceu um homem bom e um cidadão exemplar, Marques Júnior era um homem generoso e de uma entrega cívica total, Marques Júnior era um democrata convicto que defendia apaixonadamente os princípios e os valores da revolução de Abril que ele ajudou a fazer», afirma o líder socialista, numa nota enviada à agência Lusa, onde expressa condolências à família do militar.
O capitão de Abril e atual presidente do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República portuguesa (CFSIRP), Marques Júnior, morreu hoje.
Marques Júnior tinha 66 anos e estava internado há vários dias no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, devido a um derrame cerebral.
«O que ele era fica entre nós como memória de um camarada que vemos partir, mas que verdadeiramente permanece entre nós. Pelo exemplo, pela simplicidade, pela generosidade e pela autenticidade», refere António José Seguro.
O líder do PS aponta Marques Júnior como alguém que «vivia a vida pública intensamente» que se «emocionava e falava sem cálculos nem receios»: «Marques Júnior nunca deixou de dizer o que pensava».
Seguro considera que com a sua morte o PS «perde um dos seus melhores militantes» e que «o país perde um patriota».
«Marques Júnior era um patriota inconformado com o destino do nosso país que tanto amava. Conversamos antes do Natal e tínhamos conversa marcada na tarde seguinte à do seu internamento. A conversa fica adiada. Até um dia. Até sempre, Marques Júnior», conclui o secretário-geral socialista.