O secretário-geral do PS recusou-se a responder às críticas internas à sua liderança, alegando estar concentrado nos problemas dos portugueses e inquieto com a situação de défice encoberto detectada na Madeira.
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António José Seguro falava aos jornalistas em Santarém, onde se reuniu a Comissão Nacional do PS, depois de confrontado com críticas do presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, e de Francisco Assis (candidato derrotado à liderança dos socialistas) aos primeiros dias de acção da direcção do Grupo Parlamentar socialista.
«Com tantos problemas que o país tem, o dever do líder do PS é concentrar-se na solução desses problemas. Estou aqui como secretário-geral concentrado nos problemas dos portugueses», começou por responder o secretário-geral dos socialistas.
Perante a insistência dos jornalistas em relação às críticas feitas por António Costa e Francisco Assis, António José Seguro deu a seguinte resposta: «neste momento, vivo uma profunda inquietação com a imagem que a situação da Madeira está a dar para fora de Portugal e o que isso pode provocar de desconfiança por parte dos portugueses em relação às instituições nacionais».
Seguro acrescentou que, enquanto líder do PS, a sua preocupação «são as pessoas».
«Neste momento, as pessoas estão muito preocupadas com a situação da Madeira. Nunca se saberá se não há mais nada escondido», disse, numa alusão ao défice encoberto detectado nesta região autónoma pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e Banco de Portugal.