O líder do PS reforça o apelo ao «bom senso» e afirma depositar «fundadas expectativas» no resultado da reunião hoje entre o ministro da Educação e os sindicatos dos professores.
Corpo do artigo
Falando aos jornalistas no final do debate quinzenal, na Assembleia da República, António José Seguro renovou o seu apelo ao «bom senso» para que termine o conflito com os professores.
Na quinta-feira «apelei ao bom senso e verifico que hoje há uma reunião entre o ministro da Educação [Nuno Crato] e os sindicatos. Volto a apelar ao bom senso, porque só com bom senso se pode sair desta situação, uma situação que é da responsabilidade do Governo», apontou o líder dos socialistas.
António José Seguro reiterou a sua convicção de que, na relação com os sindicatos dos professores, «o Governo deixou gangrenar a situação».
«Tenho uma grande expectativa de que da reunião de hoje possa sair uma solução. Esse é o meu desejo e o desejo do país. Este Governo cria problemas, alguém tem de pensar nas soluções», salientou.
Confrontado com o desafio feito pelo líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, no sentido de que os socialistas esclareçam se estão ou não a favor da convocação de uma greve de professores para um dia em que os alunos são sujeitos a exames, António José Seguro deu a seguinte resposta: «No PS não é o PSD que manda"» disse.
Interrogado sobre a intenção do executivo de alterar a lei em vigor no sentido de impedir que greves dos professores se possam realizar em datas de exames nacionais, o secretário-geral do PS referiu-se novamente ao apelo ao bom senso, alegando que está do lado da solução.
«Tenho fundadas expectativas de que possa haver bom senso na reunião de hoje à tarde», acrescentou.
Durante o debate quinzenal, o líder parlamentar do PSD desafiou o secretário-geral do PS a dizer se concorda ou discorda que haja greve de professores em dia de exames nacionais.
Na sua intervenção, Luís Montenegro alegou que o PS é o único partido que ainda não se posicionou publicamente sobre esta matéria e manifestou-se disposto a ceder um minuto do seu tempo para que António José Seguro esclarecesse a posição dos socialistas.
Porém, a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, respondeu que não estava nos seus poderes alterar o formato do debate quinzenal, e o líder parlamentar do PSD sugeriu então que António José Seguro dissesse o que pensa nas declarações que costuma fazer nos corredores do parlamento, a seguir aos debates quinzenais.