O líder do PS defendeu que o partido «está unido» e afirmou que o resultado final do processo interno de revisão dos estatutos respeitará a história e a tradição dos socialistas.
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António José Seguro falava aos jornalistas à entrada para a reunião da Comissão Nacional do PS, na qual não estará presente o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, um dos principais críticos da proposta da direção deste partido de revisão dos estatutos.
Confrontado com a possibilidade de os estatutos do PS não preverem o método de Hondt nos processos de escolha de candidatos a deputados através de eleições diretas, o líder dos socialistas disse que ainda na sexta-feira à noite esteve a analisar as propostas que hoje serão apresentadas na Comissão Nacional.
«Vamos ter um debate sobre os estatutos depois de um longo debate interno de meio ano em participaram milhares e milhares de militantes e simpatizantes do PS. Estive ainda na sexta-feira à noite a trabalhar afincadamente, olhando para todas as propostas de estatutos. O resultado final estará à altura da História, da tradição e da responsabilidade do PS», sustentou.
Sobre o atual clima de agitação interna dentro do PS, António José Seguro procurou desdramatizar.
«O PS está unido. Considero que um partido unido não tem de ser um partido unanimista», disse, antes de se definir como «um homem de convicções».
«E um homem de convicções só pode andar tranquilo. Vamos ter uma Comissão Nacional do PS em que vai haver debate plural e onde o PS terá uma vez mais oportunidade de demonstrar que é um partido preocupado com os problemas dos portugueses, com a situação do país e que é um partido responsável», afirmou.