"É tempo de nos focarmos na economia mas, acima de tudo, nas pessoas", defende Fernando Negrão, criticando a "propaganda e agendas partidárias".
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O PSD lamentou que o país esteja a viver "estranhas crises políticas" em plena crise sanitária e social, mas sem se referir diretamente ao ministro das Finanças, que não foi diretamente visado no arranque do debate parlamentar.
Passada quase uma hora do debate dos Programas de Estabilidade e Nacional de Reformas, Mário Centeno mantém-se no centro da bancada do Governo, mas ainda sem intervir, e também os vários partidos optaram por não abordar nas primeiras perguntas a polémica sobre a recente injeção de capitais públicos no Novo Banco e que levou a uma reunião do ministro das Finanças com o primeiro-ministro, na quarta-feira à noite.
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Se o deputado do PSD Nuno Carvalho tinha lançado uma 'farpa', dizendo que os verdadeiros "craques da economia" são os investidores privados e não qualquer ministro, o ex-líder parlamentar do PSD Fernando Negrão foi um pouco mais longe.
"Inesperadamente e em plena pandemia, o país vive um problema aparentemente recente que nos deve obrigar a exigir sentido de responsabilidade e maturidade. A situação grave que o país atravessa não se compadece com estranhas crises políticas", avisou.
"A última coisa de que precisamos é que, quem hoje tem responsabilidades políticas, não esteja à altura do dramático momento que os portugueses vivem", afirmou, sem, no entanto, se referir nunca a Mário Centeno.
Apenas o ministro do Planeamento Nelson Souza se referiu ao ministro de Estado e das Finanças quando, ao responder aos deputados, disse que teria ainda de guardar tempo para a sua intervenção, dispondo o Governo ainda de 13 minutos para participar no debate.
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