Sem saber que responsabilidades vai ter o Chega, Ventura diz estar a "escolher pessoas boas e credíveis"
André Ventura defende ter o "dever" de preparar-se desde já, como o tem "qualquer líder de partido cujas sondagens indicam ter 15, 16, 17 ou 18%".
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O líder do Chega, André Ventura, garante que está já a escolher "pessoas boas e credíveis" para o caso de o Chega ter de assumir responsabilidades de governação no pós-eleições antecipadas de 10 de março e avisa que será "perigoso e fatal" se o partido "não estiver à altura da responsabilidade". Por outro lado, se o Chega estiver "à altura" do que os resultados das eleições ditarem, será "o momento mais benéfico da vida" do partido.
"Eu não sei ainda o quadro que vai acontecer, nem sabemos se vamos ter essa responsabilidade, se os portugueses nos vão dar essa responsabilidade ou não. Mas há uma coisa que sei: estou já escolher pessoas boas, credíveis, para caso o Chega tenha de assumir essa responsabilidade, as poder ter em várias áreas", assegurou no programa "Em Alta Voz", a entrevista TSF e DN, acrescentando que esse é o "dever de qualquer líder de partido cujas sondagens indicam ter 15, 16, 17 ou 18%".
"Este momento pode ser duro para o Chega se não estivermos à altura e se falharmos às pessoas. É preciso não esquecer que o Chega disse que ia ser disruptivo, se depois não o for isso pode trazer muitas consequências para o partido, nomeadamente a nível do seu eleitorado descontente", pelo que Ventura confia que se o partido conseguir "mudar o país nalguma coisa disruptivamente", pode também viver aí o seu "momento mais importante e mais benéfico", admitindo que possa levar a "uma mudança geral do panorama político português".
Nesta preparação que diz estar a fazer, o líder do Chega não esquece o que aconteceu nos Açores e, por isso, defende que "não faz sentido haver acordos de Governo em que os partidos não assumem também a sua parte das responsabilidades".
"Foi uma lição que eu aprendi. Obviamente não foi diretamente comigo, eu não sou deputado açoriano, nem sou membro, nem dirigente do partido nos Açores, mas o Chega aprendeu que o não estar no Governo e não assumir essa quota de responsabilidades traz consequências muito negativas e o PSD entendeu que podia fazer o que queria. Isso não vai voltar a acontecer", avisou.
Pode ouvir ou ler a entrevista na íntegra este sábado na TSF em tsf.pt.