Em Portugal, a incidência do glaucoma é de cerca de 2% na população em geral e de 5% entre quem tem mais de 50 anos. Esta sexta-feira assinala-se o Dia Mundial do Glaucoma.
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O diagnóstico precoce é determinante para travar o glaucoma, principal causa de cegueira irreversível. O alerta é da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, no Dia Mundial do Glaucoma.
Pedro Faria, coordenador do Grupo Português do Glaucoma, sublinha que mais de 50% das pessoas que sofrem desta doença desconhecem que a têm. O médico alerta que, com a pandemia, as consultas e os exames médicos têm sido adiados. "A pandemia veio trazer um fator de incerteza e receio e isso faz com que as pessoas faltem aos exames e consultas de seguimento", explica.
"Quem já sabe que tem glaucoma e está a fazer tratamento é essencial que não o abandone. O tratamento é pesado, diário, mas é essencial manter o tratamento mesmo durante a pandemia", alerta.
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O glaucoma é assintomático. Pedro Faria diz que, a partir dos 40 anos, todos devem consultar um oftalmologista. "O glaucoma é uma doença diagnosticada apenas em consulta pelo oftalmologista. O doente não sente nem a tensão ocular alta, que é principal fator de risco, nem sente as primeiras alterações que ocorrem no campo de visão e que é muito difícil de detetar, só através de exames complementares de diagnostico."
Em Portugal, a incidência do glaucoma é de cerca de 2% na população em geral e de 5% entre quem tem mais de 50 anos. Para assinalar este Dia Mundial do Glaucoma, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia realiza uma conferência, aberta a todos, sobre a importância do diagnóstico precoce desta doença. O encontro pode ser acompanhado na página do Facebook da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, esta sexta-feira, às 17h00.