"Ser estivador é como amar uma mulher, mas com uma ressalva, aqui é para sempre". Esta é uma metáfora apresentada, várias vezes, pelos estivadores para descreverem o amor à profissão.
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No dia da conferência internacional sobre o mundo do trabalho portuário, a TSF propõe uma viagem ao tempo em que os estivadores eram chamados homens da rua.
Com a ajuda do presidente do sindicato dos estivadores do porto de Lisboa, percorremos os dias em que os estivadores se reuniam diariamente na casa do conto, na esperança de serem escolhidos para trabalhar.
António Mariano recorda que eram dias de trabalho perigoso e incerto mas que ditaram um espírito muito vincado de solidariedade.
O sindicato dos estivadores nasceu nos finais do século XIX, inicialmente como associação de classe, e no Porto de Lisboa todos os trabalhadores continuam a ser sindicalizados.
Ao longo do tempo o sindicato foi conseguindo vínculos laborais para os estivadores mas a automatização dos procedimentos de cargas e descargas e a chegada dos contentores, que permitem transportar cerca de 30 toneladas de carga, levou a que os estivadores passassem de alguns milhares para 300 no Porto de Lisboa.
A conferência internacional sobre o mundo do trabalho portuário realiza-se esta quinta-feira no centro de artes de Sines