O Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável vai debater o caminho que pessoas, empresas e estados devem seguir, para evitar um abismo sem retorno, até ao fim da década.
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O secretário-geral do Conselho Empresarial para a Desenvolvimento Sustentável - BCSD Portugal acredita que há boas e más conclusões para tirar da COP26.
João Wengorovius Meneses, ouvido na Tarde TSF, explicou que o cenário, depois de Glasgow, "ficou mais cinzento, porque ficámos todos mais pessimistas, mas também azul, porque nos motiva a trabalhar mais para encontrar soluções mais rápidas e criativas".
O conselho organiza, na próxima semana, uma conferência sobre os desafios desta década, que já começou, e que tem uma perspetiva negra para 2030.
João Menezes reconhece que as empresas são fundamentais para um modelo de desenvolvimento que se quer mais sustentável e estão empenhadas nisso.
Para isso, estão a trabalhar para "criar cadeias de valor que tenham uma atuação regenerativa do planeta", explica este responsável.
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Nos últimos 10 anos, as empresas mudaram de atitude quanto aos temas da sustentabilidade e o secretário-geral da BCSD Portugal reconhece que até essa altura havia muito marketing e propaganda, mas pouca ação efetiva.
João Wengorovius Meneses explica que o está a ser pedido às empresas é que invistam agora e que acreditem que os resultados "só serão visíveis daqui a 10 ou 20 anos".
A conferência anual do BCSD Portugal está marcado para 24 e 25 de novembro, na Estufa Fria, em Lisboa, e tem como tema "Sustentabilidade: desafios da década 20/30".
Participam o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o cientista e prémio Pessoa Miguel Araújo e o diretor de desenvolvimento e cooperação da OCDE, Jorge Moreira da Silva.