Serviço Nacional de Saúde gasta 263 mil euros com cada cancro causado por amianto

Paulo Jorge Magalhães / Global Imagens
Quercus alerta que há quase 40 casos de cancro confirmados por amianto em Portugal, por ano, mas devem ser mais.
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A Quercus garante que remover as coberturas de fibrocimento (amianto) custa muito menos ao Estado que aquilo que o mesmo Estado gasta com os tratamentos de quem fica doente.
A associação ambientalista fez contas e adianta, em comunicado, que tratar um mesotelioma (um cancro na pleura do pulmão, provocado exclusivamente pela exposição ao amianto) custa em média ao Serviço Nacional de Saúde 263 mil euros, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Do outro lado, para retirar 500 metros quadrados de amianto, uma cobertura média de uma escola, os custos são de cerca de 5.000 euros, incluindo análises e gestão dos resíduos.
De fora desta análise, sublinha a plataforma SOS Amianto da Quercus, ficam "todos os gastos que esta situação provoca no seio das famílias e em particular na vida destes doentes".
Carmen Lima, da Quercus, explica que por ano surgem, oficialmente, 39 doentes com mesotelioma em Portugal, mas os números estarão abaixo da realidade pois muitos cancros do pulmão não estão a ser diagnosticados como mesoteliomas, um tipo de tumor "com algumas particularidades".
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A associação ambientalista quer reunir com o novo Governo para que se desenvolva uma estratégia que identifique e retire, de vez, o amianto de todos os espaços públicos e privados.