Serviços mínimos cumprem "responsabilidade do Governo" em proteger portugueses
Ministro dos Negócios Estrangeiros defende que valores dos serviços mínimos servem para "proteger as pessoas".
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O ministro dos Negócios Estrangeiros entende que os serviços mínimos decretados para a greve de motoristas não são excessivos. Em Rostock, na Alemanha, onde acompanha a visita de Estado do Presidente da República, Santos Silva respondeu a várias vozes do partido comunista, passando pela CTGP, que falam "serviços máximos".
Já esta quarta-feira o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas tinha considerado que a medida decidida pelo Governo parecia vinda de um regime ditatorial.
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Perante todas as críticas, Augusto Santos Silva defende os serviços mínimos impostos e afirma o Governo tem obrigação de proteger os portugueses.
"O Governo aprovou o despacho que fixa os serviços mínimos, é uma responsabilidade do Governo, uma vez que as partes não chegaram a acordo", notou o ministro. "Protegem os portugueses e infraestruturas críticas para a segurança, bem-estar e saúde dos portugueses desta greve."
Sobre se há - ou não - alguma excessividade nos serviços mínimos definidos entre os 50% e o 100%, Santos Silva reforça que os limites foram definidos "de forma a proteger as pessoas".
Os serviços mínimos serão de 100% para abastecimento destinado à REPA - Rede de Emergência de Postos de Abastecimento, portos, aeroportos e aeródromos que sirvam de base a serviços prioritários.
O Governo decretou ainda serviços mínimos de 100% para abastecimento de combustíveis para instalações militares, serviços de proteção civil, bombeiros e forças de segurança.
Para abastecimento de combustíveis destinados a abastecimento dos transportes públicos foram decretados serviços mínimos de 75%.
Já nos postos de abastecimento para clientes finais, os serviços mínimos são de 50%.
Para além dos serviços mínimos, esta quarta-feira o Governo declarou estado de emergência energética.