Sete dirigentes do PAN demitem-se com críticas a Inês Sousa Real: "Apoio ao Governo será prejudicial"
À TSF, Rui Prudêncio considera que o partido "está a vender o seu apoio a troco de pouco
Corpo do artigo
Sete dirigentes do PAN demitiram-se dos cargos esta quarta-feira por divergências relativas à atuação do partido com os diferentes governos, quer o da república, quer os regionais.
"Nós achamos que, a médio prazo, essa colagem e esse apoio ao Governo será prejudicial para o partido", diz à TSF Rui Prudêncio, um dos dirigentes demissionários.
TSF\audio\2023\12\noticias\06\rui_prudencio
Entre os dirigentes que se demitem, três pertenciam à Comissão Política Nacional, outros três à Comissão Distrital de Setúbal e um à Comissão Política Distrital de Lisboa.
Os demissionários criticam a forma como Inês Sousa Real tem liderado o partido, por tanto dar apoio governamental ao PS como ao PSD, como aconteceu na Madeira, receando o que pode acontecer a 10 de março: "Está a vender o seu apoio a troco de pouco. Poucas medidas e, porque, de certa forma, está a desvirtuar também o seu programa eleitoral, os valores fundacionais do partido. No nosso entender, deve ser um partido de incidência parlamentar, vocação parlamentar, portanto, trabalhar no Parlamento medida a medida, orçamento a orçamento."
Rui Prudêncio acusa ainda Inês Sousa Real de limitar a democracia interna no PAN.