A República Rapa-o-tacho e a República dos Fantasmas estavam em risco de despejo e estão entre as que foram reconhecidas como entidades de interesse histórico e cultural.
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Sete das 22 repúblicas de estudantes de Coimbra já foram reconhecidas como entidades de interesse histórico e cultural, "um novo balão de oxigénio" que vai durar pelo menos cinco anos. Ao fim de um ano, a Câmara de Coimbra faz um balanço positivo de uma medida que permite garantir a continuidade de residências que estavam em risco.
A República Rapa-o-tacho e a República dos Fantasmas eram duas das que estavam em risco de despejo, quando o proprietário pôs as casas à venda, mas a posição da autarquia ajudou a reverter a posição.
"Essas foram duas das que obtiveram o reconhecimento municipal e que ganharam um novo balão de oxigénio, agora durante cinco anos, em que o senhorio não se pode opor à renovação do contrato de arrendamento", esclarece Regina Bento, vereadora da Câmara de Coimbra.
Até agora, sete repúblicas já conseguiram o estatuto, mas há ainda 14 em análise técnica ou a aguardar a entrega de documentos.
A responsável acredita que "o ideal é tentarem adquirir os imóveis". Regina Bento admite que "não é muito fácil porque são imóveis com valores elevados", mas é uma das soluções. "Claro que este reconhecimento também veio baixar o valor de mercado desses imóveis e retirá-los um pouco da especulação imobiliária", esclarece.
"Há uma percentagem em que a Câmara e a universidade ajudam na aquisição destes imóveis. Além disso a própria câmara tem direito de preferência na aquisição destes imóveis agora reconhecidos e, em último caso, se a situação se agudizar há essa possibilidade a ponderar pela câmara", conclui.