No congresso do PSD, este ex-ministro da Presidência lembrou que é preciso «ir mais longe e dizer bem mais aos portugueses do que aquilo que conseguimos na moção de estratégia global que vamos aprovar».
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Nuno Morais Sarmento defendeu, este sábado, que os sinais de retoma da economia devem chegar às pessoas e que é preciso pensar mais nas pessoas em menos nos gráficos.
No congresso do PSD, este ex-ministro da Presidência falou numa «janela de diferença que é a justa medida da esperança dos portugueses neste momento».
«É uma esperança que não podemos frustrar e a que temos de responder com uma visão nova» e «que tem de ir mais longe e dizer bem mais aos portugueses do que aquilo que conseguimos na moção de estratégia global que vamos aprovar», acrescentou.
Na sua intervenção durante a reunião magna dos sociais-democratas que está a decorre no Coliseu dos Recreios, Morais Sarmento insistiu ainda na necessidade de «mais política e mais pessoas».
«Chegámos até aqui à força de três anos com muitos números e muitas estatísticas em folhas de Excel do Ministério das Finanças. Mas somos sociais-democratas e o que nos determina é o bem-estar das pessoas, não nos bastando o preenchimento com resultado certo de uma estatística ou de um gráfico», frisou.
Morais Sarmento lembrou que «não são as estatísticas que estimulam os portugueses, são as ideias e os ideais» nos quais as pessoas «encontram apoio, acreditam movem-se e lutam».
Depois de ter dito que é «preciso poder voltar a sonhar», o ex-ministro da Presidência defendeu um acordo entre PSD e PS no que diz respeito aos limites da despesa, que entende ser essencial no pós-troika.
«É necessário que os partidos tenham a responsabilidade mínima de acordarem, de consensualizarem as regras necessárias em matéria de contas públicas, dívida e défice para nos garantirem que, independentemente dos governos, não seremos nunca novamente apanhados de surpresa com a falência do país», concluiu.
Para Morais Sarmento, este «acordo deve ser aberto a todos os partidos as tem um quórum-mínimo para funcionar: a presença de PSD e PS».