Sindicato culpa "centralismo" pela fraca adesão à prova de acesso à carreira de gestor tributário e aduaneiro

O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) critica na TSF a forma como foi realizada a prova de acesso à carreira de gestor tributário e aduaneiro. Demonstrativo do problema que é este teste ser apenas feito em Lisboa foi a fraca adesão registada no último sábado, acredita o STI.

Para o presidente da estrutura sindical, Gonçalo Rodrigues, aquele "centralismo" desencadeou "um feedback muito negativo, quer dos colegas que tiveram de ir fiscalizar a prova, quer de algumas pessoas que gostavam de ter ido à prova e não foram", já que "as deslocações têm custos elevados". 

Nós temos uma comunidade no WhatsApp muito grande e tem lá muitas mensagens — não é uma nem duas, são muitas — de colegas que estavam a fiscalizar e que escreveram: 'Olha, na minha sala só havia um [candidato] em 20 [lugares]

Alargar o leque de regiões onde se realiza este teste de acesso era "perfeitamente viável" e Gonçalo Rodrigues considera que há "mínimos" por cumprir: "Se se faz uma prova que tem lugares a concurso para o país todo, no mínimo, era fazê-la em Lisboa e no Porto."

"A AT [Autoridade Tributária] não pode estar centralizada em Lisboa e os nossos dirigentes têm de perceber isto. A AT é uma organização nacional", atira ainda, acrescentando que até é preciso pagar a quem fiscaliza para ir à capital: "Eventualmente, se a prova fosse descentralizada, conseguia já ter pessoas das próprias localidades a fazer essa fiscalização."

A prova de acesso à carreira de gestor tributário e aduaneiro visava o preenchimento de 390 vagas. O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos entende que o número é insuficiente.