O SITAVA vai apresentar providências cautelares contra o regulador da aviação civil e a Groundlink devido à prestação de serviços de handling nos aeroportos portugueses à companhia Ryanair.
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O SITAVA (Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos) não tem dúvidas em afirmar que o que vai acontecer nos aeroportos portugueses é uma ilegalidade e uma fraude.
Para o sindicato, nem a Ryanair, nem a Groundlink têm licença para realizar check in ou embarque dos passageiros e vão fazê-lo já a partir da próxima segunda-feira, dia 28 de março, no aeroporto de Faro, depois de a Ryanair ter prescindido dos serviço de handling por parte da Portway nos três aeroportos portugueses.
Mário Reis, dirigente do SITAVA e trabalhador da Portway diz que a Groundlink anuncia a assistência em escala quando não tem licença para tal. "Tudo com a cumplicidade da ANAC- a Autoridade Nacional de Aviação Civil, que é o regulador e que não atua na fiscalização".
Os trabalhadores da Portway no aeroporto de Faro serão os primeiros a serem afetados. Poderão ir para o desemprego mais de 50 pessoas já a partir da próxima segunda-feira.
Ontem a administração da Portway falou numa bolsa de recrutamento, ou seja, a possibilidade de recrutar pontualmente esses trabalhadores nas alturas de maior movimento.
António Goulart, da União dos Sindicatos do Algarve salienta que a Portway, que pertence à Vinci, tinha obrigação de fazer "finca-pé" à Ryanair." Despedem-se os trabalhadores e depois vão buscá-los durante um ou dois meses por 500 euros", acusa.
Em Lisboa estão em causa cerca de 80 trabalhadores e no Porto, o aeroporto mais afetado, à volta de 120.